Arcade

Xevious

Jogo de tiro 2D (shmup vertical), desenvolvido pela Namco e publicado pela própria (Japão) e pela Atari (Estados Unidos). Além do Arcade, o game também foi lançado para 3DS, Atari 7800, Famicom Disk System, Game Boy Advance, NES, PlayStation 4, Switch, Wii, Wii U, Xbox 360, dispositivos móveis e nos microcomputadores Amstrad CPC, Apple II, Atari ST, Commodore 64, PC-98, X1, X68000 e ZX Spectrum, bem como nas coletâneas Namco Classic Collection Vol. 1 (Arcade), Namco Museum 50th Anniversary (GameCube / PlayStation 2 / Xbox / PC), Namco Museum Battle Collection (PSP), Dual Pack: Pac-Man World 3 / Namco Museum DS (Nintendo DS)Namco Museum DS (Nintendo DS)Namco Museum Essentials (PlayStation 3)Namco Museum Megamix (Wii), Namco Museum Remix (Wii), Namco Museum Vol. 2 (PlayStation), Namco Museum: Virtual Arcade (Xbox 360), Pac-Man's Arcade Party (Arcade), Xevious 3D/G+ (PlayStation / PlayStation 3 / PSP / PS Vita), NAMCO ARCADE (dispositivos móveis), Namco History Vol. 1 (PC), Pac-Man's Pixel Bash (Arcade), Revenge of Arcade (PC), Space Ace - 1988 (Amstrad CPC / Commodore 64 / ZX Spectrum), Namco Museum Archives Vol. 1 (PlayStation 4 / Switch / Xbox One / PC), Namco Museum Collection 1 (Evercade) e Namcot Collection (Switch), além de ser um extra no Star Fox: Assault (GameCube) e estar na memória dos consoles Let's! TV Play Classic: Namco Nostalgia 1, Namco Museum Mini Player, Pac-Man Connect & Play, Plug It In & Play TV Games: Namco Featuring Ms. Pac-Man, Plug It In & Play TV Games: Namco Ms. Pac-Man Super Value Gamekey Mega Pack, Retro Arcade Featuring Pac-Man e Galaga Pocket Player. O jogo ainda teve uma versão protótipo para Atari 2600 e uma versão cancelada para Atari 5200.

 

No Brasil, costumávamos conhecer este jogo como Columbia, nos fliperamas do início da década de 80. Reprimidos pelos anos de ditadura e reserva de informática, qualquer tecnologia um pouquinho mais sofisticada que chegava ao mercado era saudada com grande entusiasmo pelos incipientes jogadores e distribuidores de games nacionais, que tratavam de homenagear a tecnologia importada com nomes pomposos nos gabinetes das máquinas.

 

O apelido Columbia talvez fosse uma homenagem tupiniquim ao ônibus espacial americano, que voou pela primeira vez em 12 de Abril de 1981 e que, no imaginário popular, estaria representado pela nave "Souvalou", criada um ano mais tarde nos estúdios da Namco do Japão para ser a protagonista desta incrível aventura espacial.

 

Mas não importa. Xevious, da Namco, que foi licenciado para a Atari na América e Europa, é um dos maiores jogos de tiro daquele glorioso período para o gênero. Lançado simultaneamente em 1982 em todo o mundo, este é um dos primeiros jogos de tiro com scrolling vertical e imagens pré-renderizadas, e certamente o primeiro a fazer isso com um grau de refinamento tão intensivo. A jogabilidade dá de dez no velho River Raid da Activision.

 

Aqui a nave "Solvalou" também sobrevoa leitos de rios, rastreia mares, estradas, florestas; clareiras repletas de inimigos no solo e estradas de chão por onde passam tanques e canhões. O objetivo básico é acumular pontos, destruindo os inimigos, para ganhar mais vidas e evoluir nas imensas fases do jogo. São vários os mapas desenhados, cada um para uma fase e por onde nosso foguete armado com canhões laser e bombas terrestres passa enfrentamos toda sorte de objetos voadores não identificados e inimigos terrestres espalhados por toda parte.

 

BOMBARDEIRO FUTURISTA NAS ALTURAS

Aqueles que participam do amor aos jogos de nave e tiro não devem se esquecer do tema musical de Xevious, reproduzido sempre no intervalo de uma vida e outra. Essa mesma musiquinha bacaninha era tão popular, que chegou a ser utilizada como tema de um programa de TV americano. Os sons e a música "in game" também eram memoráveis.

 

O conjunto gráfico de Xevious (que significa algo como o "planeta após" a invasão extraterrestre) também chama atenção. Com as limitações tecnológicas da época, as matas fechadas de coníferas aparentam um papel de parede de gosto duvidoso, de textura verde musgo. Porém, nota-se como o visual é bem fechado e definido. Os inimigos são variações geométricas do mesmo material metálico usado pelos Ets.

 

Existem diversos tipos de espaçonaves inimigas. Umas foram visivelmente baseadas nos modelos de Guerra nas Estrelas. Como Tie-Fighters que rasgam os céus feito um parafuso, e réplicas parecidas com a Millenium Falcon. Outras são anéis gravitacionais do mais puro aço carbono. Um ou outro elemento terrestre quebra a sensação de que os aliens são esferas, pirâmides e hexágonos herméticos. Mas são essas armas geométricas as mais saborosas de se destruir, sob o som do disparo das bombas.

 

E é aí onde a jogabilidade de Xevious apresenta um grande avanço, dividindo sua atenção entre o combate aéreo e no solo, o jogador sente realmente o domínio do bombardeiro futurista nas alturas. Com uma mira fixa localizada na dianteira da nave, ela lança bombas terrestres para destruir os tanques, redomas de artilharia, e as formações orgânicas dos aliens invasores. Conforme a história de Xevious (história que deu ao jogo o status de clássico eterno no Japão), a raça humana precisa revidar e combater o computador biológico GUMP, que gera seu próprio armamento bélico.

 

Na medida em que o jogador adquire excelência nos controles de sua nave e começa a se sair bem demais com um determinado tipo de inimigo, o grau de dificuldade do jogo aumenta, enviando na próxima onda de ataque um tipo mais perigoso para lhe causar problemas. O jogo é adaptável de uma maneira tão fluida, que é como se a base altamente armada dos aliens estivesse pedindo reforços. Essa é uma grande sacada de Xevious. O grau de desafio é magistral.

 

Texto e fotos de Marcelo Tavares.

 

  • Ano lançamento:1982
  • Fabricante: Atari, Namco
  • Franquias: Xevious
  • Lançamento: Oficial / Licenciado
  • Gêneros: 2D, Shmup / Shoot'em Up vertical
  • Formatos: Placa
  • Regiões de Lançamento:
RegiãoDataCod. FabricanteCod. BarrasIdioma
Estados UnidosFevereiro / 1983
Japão1982

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