Sony PlayStation

Console da quinta geração dos videogames, o PlayStation foi o primeiro console lançado pela Sony. Utilizando processador de 32bit, o aparelho quebrou a polarização que existia na época entre SEGA e Nintendo, tornando-se um dos consoles mais bem sucedidos da história.

 

Na década de 80 a Sony havia se aventurado no mercado de microcomputadores, lançando alguns modelos de MSX no Japão. Apesar de não ser um console de jogos, o MSX tinha grande aplicação para os games. Até entrada para cartuchos esse micro tinha. Mas a empresa queria mais. Um funcionário da empresa, Ken Kutaragi, percebia o potencial dos games e começou a buscar meios de fazer com que a Sony entrasse de vez nesse mercado.

 

 

A primeira ideia foi de apoiar uma iniciativa existente: como fã do Famicom (o NES japonês), Kutaragi se aproximou da Nintendo. De cara, já convenceu a empresa a utilizar um chip de som fabricado pela Sony no Super Nintendo. Em seguida as duas empresas criaram parceria para a produção do Play Station. A Sony produziria um console com drive de CD e slot de cartucho compatível com o Super Famicom e a Nintendo produziria um acessório que adicionaria um drive de CD ao seu console de 16bit. O projeto, iniciado em 1989, foi anunciado em 1991, durante a CES (a maior feira de tecnologia da época).

 

Mas tudo foi abaixo, quando em maio daquele ano, a Nintendo informou à Sony que havia fechado parceria com a Philips e que o projeto Play Station estaria encerrado. A Philips então seria a responsável em fabricar o drive de CD para o Super Nintendo e em contrapartida poderia criar jogos da Nintendo para o seu console, o CD-i. Dizem que uma das razões pela “traição” da Nintendo foi medo de que com o Play Station a Sony ganhasse força e resolvesse entrar de vez no mercado.

 

E não é que esse medo se justificava? Eis que nascia o projeto PS-X, que depois se tornou o PlayStation (agora sem o espaço entre as duas palavras). A traição da Nintendo deu ainda mais força aos envolvidos no projeto, pois passou a ser quase uma questão de honra na empresa que o console fosse bem-sucedido, para dar uma resposta à Big N. A Sony começou a investir em softhouses (uma da própria empresa, a Sony Imagesoft e outra que foi adquirida pela empresa, a Psygnosis), pois a empresa sabia que não bastava apenas um bom console. Ter bons jogos era fundamental.

 

A Sony então começou a mostrar para o mundo o poder de processamento 3D e de gráficos poligonais do console. Isso espantou a todos e chamou a atenção das grandes softhouses. Entre elas a Namco, tradicional rival da SEGA nos fliperamas e outra que estava sedenta em dar uma resposta à Nintendo, que a tratava como uma softhouse comum. Ela viu na Sony a chance de se tornar a principal desenvolvedora de jogos do novo console. Além do poder do aparelho, a Sony trabalhou muito bem os kits de desenvolvimento de jogos para o console, o que tornou fácil portar jogos de arcade para ele e também criar novos jogos.

 

Outro fator importante: o custo para a produção dos jogos em CD era mais baixo e menos arriscado que os jogos em cartucho e a Sony trabalhava muito bem a política de pagamento de royalties, cobrando valores menores das softhouses. Soluções melhores também na parte de distribuição dos jogos fez com que a empresa revolucionasse o mercado de games, do ponto de vista da indústria.

 

Não bastasse isso, o console também era revolucionário. Possuía um hardware poderosíssimo, capaz de produzir três vezes mais polígonos que seu principal concorrente, o Saturn. Em dezembro de 1994, o PlayStation chegava ao mercado japonês, custando cerca de 400 dólares (cinquenta a menos que o Saturn). O principal jogo da linha inicial de lançamento era da Namco: o game de corrida Ridge Racer, que era um port muito bem feito do Arcade. Nesse início, a disputa com o console da SEGA foi bastante parelha, sendo que nenhuma das empresas conseguia hegemonia no mercado.

 

Nos Estados Unidos, o Saturn chegou primeiro ao mercado, em maio, custando U$ 399. A Sony, em uma tacada de mestre (e com um hardware que tinha custo de fabricação menor), anunciou imediatamente que seu console seria vendido a U$ 299!!! Muita gente decidiu então esperar pelo lançamento do console da Sony. Em setembro o console chega ao mercado, tendo como principal título o mesmo game do lançamento japonês: Ridge Racer. As vendas foram excelentes e aos poucos o console foi se consolidando no mercado.

 

Em 1996, vários de seus grandes clássicos começaram a surgir: Resident Evil, Tomb Raider (ambos também lançados no Saturn, porém com maior qualidade no console da Sony) e Crash Bandicoot, que acabou virando mascote do console, fizeram sucesso estrondoso e consolidaram ainda mais o aparelho no mercado. Em 1997 veio talvez o game mais emblemático do console: Final Fantasy VII, símbolo total da supremacia do PlayStation, pois a Square, fabricante da série Final Fantasy, até então fazia jogos apenas para consoles da Nintendo. A Sony definitivamente veio para ficar.

 

Aqui no Brasil o console dominou com folga o mercado, alavancado principalmente pelo mercado de jogos piratas, já que o console e seus jogos jamais foram comercializados oficialmente por aqui. O console ficou no mercado até 2006 (vida útil de quase 12 anos!!), vendendo mais de 102 milhões de unidades, sendo elevado para o console mais vendido de todos os tempos até então. Com números tão incríveis, não é à toa que hoje a palavra PlayStation é praticamente sinônimo de videogame.

 

Modelos:

  PlayStation One  

 

Aparição em revistas:

- Revista Super Game Power nº 1 - página 13 (fonte: Datassette);

- Revista Game-X nº 1 - página 8 (fonte: Datassette).

 

Fotos artísticas do Pedrux do Club 16-bit.

  • Outros Nomes: PlayStation One, PSX, PS1
  • Ano Lançamento: 1994
  • Data / Regiões de Lançamento:
  • 29/09/1995 - Europa
  • 03/12/1994 - Japão
  • 09/09/1995 - Estados Unidos
  • 15/11/1995 - Outras regiões
  • Fabricante: Sony

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