Análise: Call of Duty - Modern Warfare 2 (Campanha)
Por Patrick Weiller
Call of Duty retorna às mãos de sua criadora original, Infinity Ward, e para muitos a mais competente. A empresa é responsável pelo jogo original da franquia e de toda a série Modern Warfare de 2007 até 2011.
Além disso, a desenvolvedora tem no currículo outras obras como o prestigiado Ghosts, Infinite Warfare e o reboot de Modern Warfare, lançado em 2019. Sendo assim, os mais entusiastas já podiam esperar por uma sequência competente. Felizmente, não nos decepcionamos.
Boas missões e boa história
Call of Duty: Modern Warfare 2 inicia nos trazendo personagens marcantes da série como Ghost, Soap MacTavish, Captain Price e muitos outros. Com isso, o game nos traz um grande sentimento nostálgico.
Suas missões se iniciam de forma dinâmica. Elas são curtas e com ações rápidas, tendo boa diversidade de cenários e jogabilidade para prender a atenção do jogador. Em minha opinião, essa é uma estratégia correta, pois para o público mais jovem, muita história e cutscenes podem ser entediantes para acompanhar.
O enredo é contado em sua maior parte com vídeos renderizados, todos muito bem feitos. Contudo, não é difícil notar os pixels ao curtir a jogatina em uma televisão grande de boa qualidade. Dessa forma, é impossível não torcer o nariz ao ver a diferença brutal nas cenas em tempo real que usam o motor gráfico do jogo.
De qualquer forma, toda a pegada de filme de ação se mantém durante toda a jornada dos soldados.
Puro filme
A jogabilidade de Call of Duty: Modern Warfare 2 é estelar e cinematográfica. A física, o controle e a variedade de armas são de empolgar. Vale adicionar à lista de destaque os barulhos dos tiros e explosões, as atuações e dublagens (jogamos em inglês, mas a dublagem em português está tão incrível quanto), e ainda o controle Dualsense.
Esse acessório do PlayStation 5 oferece uma imersão pouco vista em outros títulos, na qual você sente no gatilho o peso de cada arma e momento de ação. O controle não faz essa versão ser a principal dentre as lançadas, mas adiciona aquele algo a mais para quem procura.
Falando sobre as missões, o ritmo também vale o destaque. Há alguns níveis mais curtos no começo, mas depois missões complexas e bem mergulhadas em mecânicas variadas. Por exemplo, há uma focada em infiltração com um sniper camuflado que lembra o título de 2007. Enquanto isso, ocorreram fases em que você deve usar veículos, exploração aquática e ainda juntar recursos.
Para quem é saudosista, algumas até lembram o sucesso Goldeneye 007 de Nintendo 64.
Vale a pena jogar a campanha de Modern Warfare 2?
No PlayStation 5, testamos o jogo em uma TV OLED 4K de 65 polegadas nos modos 60 fps e 120 fps. A boa notícia é que o hardware se comportou bem perto da versão PC, a qual tem recursos melhores de texturas no cenário e não possui construção de cenário visível durante o gameplay (referência em uma RTX 3070).
O som é um espetáculo à parte. Não lembro de uma direção de áudio mais realista em um videogame. Entretanto, mesmo com um headset profissional sendo usado durante toda a aventura, não foi possível sequer notar as trilhas sonoras do jogo, deixando toda a ação mesmo para tiro, bomba e helicópteros.
Call of Duty: Modern Warfare 2 traz o melhor de sua franquia na questão ação, inovação e recursos técnicos. As missões são variadas e interessantes, além de não demorarem muito para cansar o jogador. Dessa forma, preciso apontar que esta é uma das melhores campanhas que a série de FPS da Activision disponibilizou em anos.
Análise feita com código cedido pela Activision