Confira o que rolou na Retrocon 2023
Por Ricardo Syozi
Nos dias 29 e 30 de julho de 2023 rolou a primeira edição do evento Retrocon em São Paulo. A festa prometia muita nostalgia, games e convidados especiais, mas também deixava claro que novidades dariam as caras para os fãs do mundo retrô. Os ingressos se esgotaram e muitas pessoas passearam pelos corredores. Porém, será que a festa entregou o que prometeu ou ficou apenas no saudosismo?
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Convidados especiais
Assim como muitos outros eventos hoje em dia, a Retrocon trouxe diversos convidados para a festa, entre influenciadores e nomes importantes da indústria de jogos. Diferentemente de outros tipos de encontros e celebrações, os produtores de conteúdo, como o Ed do canal Aperte Start e o Pink do canal História Sem Fim, transitavam normalmente pelos corredores. A melhor parte para os fãs é que eles paravam para tirar aquela foto e bater um papo sem um monte de seguranças ao redor.
Dessa forma, o contato com os seguidores se tornou algo muito mais maleável, permitindo que os influenciadores se mostrassem pessoas simpáticas e interessadas em dar atenção para sua audiência. Por outro lado, senti que faltou um espaço para paineis, algo tão popular em eventos em outros países. Essa seria uma oportunidade bacaninha para os convidados apresentarem mais sobre seu conteúdo de uma maneira mais privada. O palco presente na Retrocon infelizmente acabava com seu áudio perdido em meio à tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo.
Museu de videogames
Provavelmente uma das partes mais concorridas de toda a Retrocon 2023 foi o Museu da História dos Videogames. Durante todo o tempo do evento, uma grande fila se formava ao redor do estande. Aqui vai um elogio para a organização e para os frequentadores, que respeitaram completamente o espaço, curtindo a linda exposição sem pressa ou reclamações.
A curadoria foi feita pelo VGDB, enquanto a maioria dos itens são do Giovani Gandelim, o Gilão da Mr. Games. Os atendentes tiravam as dúvidas dos visitantes com muito bom humor e carisma, fazendo com que a experiência se tornasse algo valioso. É claro que não posso deixar de elogiar a quantidade absurda de games e consoles da exposição, algo de deixar qualquer entusiasta de boca aberta.
Mas e os jogos?
Além de contar a história dos videogames, a Retrocon 2023 também ofereceu muita jogatina para os visitantes. Havia um espaço cheio de arcades e máquinas de pinball para o deleite de quem é apaixonado por essa diversão. Eu mesmo consegui jogar algumas partidas de Street Fighter 3, gastei alguns créditos em Moonwalker do Michael Jackson e ainda aproveitei para curtir pela primeira vez um fliperama do Super Mario, peça raríssima.
Entretanto, não tinha apenas títulos considerados retrôs na feira. Alguns estúdios aproveitaram o espaço para apresentar novas obras para o público. Por exemplo: o Sapo Xulé deu as caras com um novo game, que recebeu o subtítulo “O Casamento Indesejado”. Ele foi desenvolvido pelo Squash Studios e chegará para a Steam em breve.
A QUByte também marcou presença com um estande no qual permitiu que a galera se divertisse com uma build da coletânea Top Racer (também conhecida por aqui como Top Gear). O jogo está rodando super bem nos PCs, oferecendo nostalgia para quem curtia jogar o título de corrida no Super Nintendo na década de 90.
Por fim, jogos novos para sistemas antigos podiam ser curtidos e adquiridos na Retrocon. Meus destaques vão para a Clube MSX, que trouxe dois games em cartucho para o sistema de microcomputadores. Trata-se de My Sacred Place e The 4 Masters of Melody Ex. Para os fãs de Atari 2600, a Bitnamic Software estava com um estande super interessante com Alien Holocaust para ser jogado pelos visitantes. O jogo é bastante charmoso e desafiador, valendo cada minuto da jogatina.
Que venha a Retrocon 2024!
Mesmo com um espaço relativamente pequeno, o que deixava os estandes relativamente apertados e a movimentação das pessoas mais limitada, a Retrocon 2023 foi muito divertida e produtiva. Ela mostrou que é possível manter a aproximação entre fãs e ídolos de uma maneira organizada, sem a barreira de seguranças e assessores por todos os lados. Ou seja, a Retrocon se mostrou perfeita para quem quer se divertir sem o stress de precisar ficar horas em uma fila ou pagar para ter uma foto com seu produtor de conteúdo favorito.
Para o ano que vem, espero que tenha mais espaço para os games, pois assim facilitaria a transição das pessoas que querem curtir uma jogatina descompromissada. Também gostaria de um lugar fechado para painéis diversos, já que seria uma chance de aproximar ainda mais um convidado de seus seguidores.
No geral, a Retrocon valeu cada minuto e tenho certeza que ainda vai melhorar muito no futuro.