Deathsmiles é um shmup que merece a sua atenção
Por Ricardo Syozi
Um bom jogo de navinha (ou shmup, dependendo de sua preferência) tem elementos variados, mas todos com competência. Jogabilidade simples que exige reflexos e estratégias, estilo artístico diferenciado, desafio na medida certa, fases que se destacam, chefes memoráveis e uma trilha sonora empolgante. Nem todos os games alcançam um alto nível em todos esses requisitos, mas Deathsmiles o faz com facilidade.
O primeiro jogo dessa curta franquia desenvolvida pela excelente Cave foi lançado em outubro de 2007 para arcades e Xbox 360. Curiosamente, antes dele, nenhum outro título da empresa havia sido lançado para consoles nos Estados Unidos e Europa.
Sua sequência deu as caras nos arcades japoneses em 2009, chegando ao sistema da Microsoft no ano seguinte. Felizmente, ambas as obras tiveram seus relançamentos em uma compilação para PS4, Xbox One e Nintendo Switch em 2021.
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Deathsmiles
Trazendo uma jogabilidade com visão lateral, a primeira empreitada da série conta a história de cinco garotinhas que estão presas em um mundo fantástico cheio de criaturas assustadoras. Sua missão é a de derrotar as forças do mal para impedir que o inferno invade por completo o local, tudo isso enquanto tenta retornar para o seu mundo de origem.
Falando no gameplay, eu preciso destacar que Deathsmiles permite que o jogador atire tanto para a esquerda quanto para a direita. É claro que há inimigos surgindo de ambos os lados, algo que faz com que o jogador precise aprender cada fase muito bem.
O visual mescla arte gótica, Halloween e lolitas (ai ai, Japão). Mesmo assim, tudo se encaixa perfeitamente, dando a sensação de um universo imersivo. Junte isso a uma trilha sonora cheia de guitarras e uma curva de aprendizado bacaninha para você ter um shmup bastante completo.
Por último, os chefes são formidáveis. Todos exigem bastante das heroínas, mas não são injustos ou impossíveis. O design de cada boss é sensacional, sempre surpreendendo o jogador cada vez que aparecem.
O primeiro Deathsmiles é um jogão, sem dúvida.
Deathsmiles II
A sequência direta tem o subtítulo de “Makai no Merry Christmas”, ou seja, a Cave decidiu colocar de lado a temática de Halloween e substituí-la pelo Natal. Porém, a mesma jogabilidade e desafio estão presentes nessa obra.
Sua história é bonitinha, ela apresenta as protagonistas do original querendo comemorar o feriado de fim de ano em seu mundo. Mas nem tudo são flocos de neve, um demônio chamado “Satan Claws” (sério mesmo) surge querendo vingança contra o Count Dior. A partir daí, as lolitas precisam encarar uma nova leva de monstros e chefes incríveis.
O estilo de jogo permanece o mesmo, balas diversas voando pela tela, enquanto o jogador se esforça para desviar e derrubar os oponentes. Infelizmente, Deathsmiles II entrega um visual inferior em comparação ao original. Os modelos de personagens e inimigos têm uma cara datada, uma pena.
As músicas estão mais dentro do gênero clássico e eletrônico dessa vez, algo longe do meu gosto, mas que pode agradar os mais variados jogadores. De qualquer forma, mesmo entregando muito do que fez o primeiro Deathsmiles, não tem como não achar que sua sequência poderia ter sido muito melhor.
Continua sendo um ótimo game.
Vale a pena jogar a série?
Se você nunca jogou nenhum Deathsmiles, então a coletânea lançada recentemente é uma excelente alternativa para começar. O estilo bastante único ao lado de um belo nível de desafio faz com que esses jogos sejam inesquecíveis para os fãs de games de navinha.
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