Review: Biomotor Unitron
Por Micael XBr
Biomotor Unitron é um RPG lançado em 1999 pela Yumekobo para o portátil da SNK, o Neo Geo Pocket Color. Agora, em 2022, acaba de chegar ao Nintendo Switch. Produzido pela Code Mystics e lançado pela própria SNK, fazendo parte da coleção Neo Geo Pocket Color Selection. Será que tanto novos jogadores quanto os velhacos vão ser atraídos para a aventura?
A obra segue o padrão "Dungeon Crawler" de uma maneira bem simplificada. Seu apelo está em construir o seu robô, comprando partes e fazendo upgrades para ser o mais forte do mundo. Ao iniciar o jogo, você precisa escolher entre cinco raças: Human, Elf, Mariners, Birdian e Lizardman. Cada uma com um casal de aventureiros no qual um é quem controlará o robô chamado Unitron e o outro será o engenheiro responsável pelos upgrades.
Iniciando sua jornada na cidade, você pode navegar pelo menu e ir para diversos lugares e conversar com os habitantes. Alguns lhe darão dicas ou vender itens e ferramentas. Com eles, é possível fazer os upgrades em seu robô. Vale destacar que se aumentar o nível do seu engenheiro, você também aumenta a chance de acertos nas tentativas de criar novas armas. Tudo é feito no QG, a casa do protagonista.
Concurso e salvação do mundo
Há uma Arena na cidade onde você deve se inscrever para participar das batalhas por ótimos prêmios. Além disso, dá para subir de ranking até chegar no principal objetivo do jogo, que além de salvar o mundo, é ser coroado como o dono do Unitron mais poderoso.
Antes de batalhar, é necessário subir o nível de luta do seu personagem liberando mais opções para a peleja. O Unitron mesmo não sobe de nível, seu ataque e defesa são baseados nas peças usadas e no elemento de cada ataque entre fogo, água, gelo, madeira e pedra.
Para isso, existem quatro dungeons elementais que são acessíveis em torno da cidade, cada uma com sete andares de formato aleatório recheados de monstros e baús com dinheiro e itens raros. Conseguindo derrotar o chefe de cada masmorra é liberado o acesso à quinta e última dungeon do jogo.
Toda a apresentação é charmosa, mas sabemos que o Neo Geo Pocket Color consegue fazer muito melhor do que é visto em Biomotor Unitron. Os sprites são bonitinhos, mas faltam movimentações e algum estilo que o faça se destacar. Por outro lado, as músicas são divertidas, conseguem agradar os mais variados jogadores.
Vale a pena jogar Biomotor Unitron?
O jogo é divertido e bem simples, às vezes simples até demais. Pela carência de RPGs no portátil da SNK, é um título excelente e obrigatório para o console. Porém, se comparado a outros jogos do mesmo gênero, fica devendo em vários pontos como enredo e objetivos.
A opção de troca de peças com os amigos via cabo foi desativada na versão do Switch e o manual original completo pode ser acessado pelo menu principal do jogo.
Eu acho que a SNK poderia ter deixado o título mais encorpado se junto do Biomotor Unitron, tivessem lançado sua continuação, Kikou Seiki Unitron, lançada em 2000 e nunca deu as caras no ocidente. É claro que a esperança é a última que morre. Quem sabe um dia, a empresa lance a sequência totalmente traduzida.
* Análise feita com código cedido pela editora