Review: Diablo IV
Por Luís Filipe
Diablo IV finalmente chegou para todos os jogadores em 6 de junho, contando mais um capítulo da eterna luta entre anjos e demônios. Contudo, dessa vez sua história está mais focada nos criadores de Santuário, Anjo Inárius e a demônio Lilith, chamados respectivamente de Pai e Mãe.
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A Blizzard caprichou na narrativa. Somos enganados o tempo todo por personagens e acontecimentos, culminando em um final competente, que pode parecer sem sentido inicialmente, mas para quem prestar atenção nos diálogos, locais e na própria história percebe como foi bem colocada a trama do jogo. É claro que isso fica ainda mais acentuado graças às excelentes CGs que surgem frequentemente durante a campanha.
A trama se desenvolve a partir de um prólogo (o mesmo que jogamos na beta), 6 atos e um epílogo. Diferente do jogo anterior, em que cada ato mudava de mapa e tinha um corte entre as cenas, aqui a troca de atos é imperceptível. Você só vai se dar conta que mudou se ir no menu do game e verificar as missões disponíveis.
Mundo aberto, mas com parcimônia
Pela primeira vez na franquia, temos uma aventura com mapas em um mundo totalmente aberto. É claro, se os jogadores forem jogar a campanha, a jornada poderá se tornar linear, mas em Diablo IV é possível ir em qualquer lugar do mapa desde o início. O título tem um sistema em que os inimigos acompanham seu level, o que pode ser bem tentador para explorar.
Entretanto, cada lugar no mapa tem um level mínimo fixo. Isso quer dizer que mesmo você tendo liberdade para conhecer qualquer canto, poderá ser mais complicado sobreviver por esses lugares. Diablo IV te permite passear a vontade, mas você deve ter em mente que será mais difícil derrotar oponentes sem ganhar níveis previamente. Ou seja, é necessário usufruir de sua jornada de uma maneira inteligente.
Tudo junto ao mesmo tempo
Uma das melhores novidades no jogo é a possibilidade de se aventurar com pessoas de outras plataformas. O famoso crossplay já deu às caras no beta de Diablo IV, mas parece que foi aprimorado, rodando perfeitamente. Consegui jogar com amigos no PS4 e Xbox Series X ao mesmo tempo sem travar, o que foi muito animador.
O curioso é que as vezes você está andando pelo mapa a aparece algum personagens para te ajudar, mesmo ele não fazendo parte do seu grupo. Isso dá ao título uma cara de MMORPG que pode agradar muita gente por aí. Também é normal ver outros jogadores andando pelas cidades, mas a possibilidade de encontrar outras pessoas é limitada apenas ao mapa e cidades. Dentro da missões (de história e secundárias), você não verá outros jogadores.
Apresentação que vale o investimento
Joguei toda a campanha no meu PlayStation 4, pois queria ver como a obra se sai em um console da geração passada. Aqui, os gráficos estão lindos e o tempo de loading é extremamente rápido. No entanto, na reta final, percebi algumas quedas de frames e gráficos pulando, demonstrando que o jogo parece ter sido feito pensando na atual geração.
A boa notícia é que nada disso realmente afeta a experiência como um todo. Ponto para a Blizzard. Algo que vale destacar são as cutscenes e a dublagem brasileira, que ficaram impecáveis. Agora, aparece nosso personagem nas cenas, mesmo se fizermos modificações em seu visual ao longo da história, achei isso muito incrível.
No geral, a história principal tem uma duração em média de 20 a 25 horas. É claro que há muitas missões secundárias e masmorras para buscar itens, o que aumenta a longevidade da produção. Ao terminar o game, ainda temos as missões da árvore dos lamentos, que pedem para você ser o cobrador de dívidas dela.
Logo mais começa a primeira temporada, o que vai oferecer ainda mais tempo de jogo para os apaixonados pela franquia. Falando nisso, os jogadores poderão receber conquistas gratuitas e outras que farão parte do passe de batalha, pago. Isso é muito parecido com o que existe em games similares, como Call of Duty, Fortnite etc.
Vale a pena jogar Diablo IV?
Diablo IV traz uma história muito boa e bem contada. Mesmo novos jogadores da franquia vão gostar de jogar sua campanha. Ele tem uma ambientação que lembra bastante Diablo II (o queridinho de muitos fãs), mas com a fluidez de Diablo III.
A trama dá ganchos para o futuro, ou seja, provavelmente teremos novas dlcs. Gostei muito da jogatina e acredito que vale a pena dar uma chance para a nova história que temos em santuário. Vale muito a pena encarar essa jornada.
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