Review: Sea of Stars
Por Luis Filipe
Sea of Stars é claramente inspirado em Chrono Trigger, a maneira de andar no mapa, o estilo de batalha, os combos entre os personagens, etc. Mas também consigo citar outro jogos como inspiração, tais como Super Mario RPG, Lufia II e Breath of Fire. Mas por que digo isso?
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Em Sea of Stars temos a possibilidade de apertar o botão de confirmar para aumentar o dano causado ou diminuir o dano recebido, assim como em Super Mario RPG. No meio da aventura utilizamos ferramentas para conseguirmos avançar no meio das dungeons, o me lembrar muito Lufia II. Além disso, a boa e velha pescaria de Breath of Fire marca presença na aventura, que oferece um sistema de troca de personagens parecido com o que vimos no JRPG da Capcom.
Mas será que isso quer dizer que o game da desenvolvedora Sabotage, a mesma do aclamado The Messenger, é ruim ou é apenas uma cópia das obras citadas? A resposta é fácil: Sea of Stars é bom demais!
A história das crianças do Solstício
Mesmo com inspiração em diversos jogos de RPG, o game traz uma jogabilidade única e divertida, com diversos golpes e personagens, o que pode chamar bastante jogadores para curtir a jogatina.
A narrativa gira em torno de Valere, nascida no solstício de inverno, e Zale, nascido no solstício de verão. Cada um tem poderes distintos, da Lua e do Sol respectivamente. No início do jogo, é perguntando quem será o líder da história, mas isso não tem muita importância nos eventos, uma vez que jogamos com os dois protagonistas do começo ao fim.
No mundo de Sea of Stars, temos uma ameaça chamada Fleshmancer, que criou os poderosos residentes que só podem ser derrotados pelos guerreiros do solstício. A princípio, a história parece bem clichê, mas ao desenrolar do game vimos que ela tem alguma profundidade.
Pontos fortes e fracos do jogo
Sea of Stars tem bastantes pontos fortes, como uma grande variedade de inimigos, diversos personagens com golpes distintos e uma cativante trilha sonora feita por Eric W. Brown, mas vale destacar que Yasunori Mitsuda, de Chrono Trigger, contribuiu aqui. Também temos um grande mapa com diversas dungeons muito bem pensadas e com desafios satisfatórios para nenhum fã do gênero torcer o nariz.
Gostei bastante dos inimigos, porque em cada local quase sempre há novos oponentes. Isso quer dizer que não há tanta reciclagem de sprites, mesmo que de vez em quando é possível notar muita similaridade entre os adversários. Porém, os desenvolvedores merecem aplausos pelo esforço de tentar manter a jogabilidade fresca por quase toda a aventura.
Entretanto, eu senti que o game é um pouco desbalanceado. Custamos a subir de nível, quase não ganhamos dinheiro, o que nos obriga a ter que cozinhar e vender as comidas para comprar os itens disponíveis, por exemplo. A dificuldade é um pouco exagerada, especialmente nas primeiras horas, pois os inimigos causam muito dano, o que nos força a jogar na defensiva.
Para se ter uma ideia, gastei cerca de 28 horas para terminar o game e estava no nível 19. Há uma grande necessidade de se ter um bom gerenciamento de magia e itens para não passar aperto, mas isso pode ser considerado uma caraterística interessante de Sea of Stars.
Ah! Os sprites são lindos, oferecendo personagens e cenários inesquecíveis para os mais atentos. Mais um ponto para o time de desenvolvimento.
Vale a pena jogar Sea of Stars?
Sea of Stars é uma grande homenagem a clássicos do gênero, mas sem perder sua originalidade. Para amantes do bom e velho RPG por turnos, temos um jogo com um bom desafio, novas mecânicas e também dois finais, utilizando o new game + como em Chrono Trigger.
As músicas são sensacionais, a apresentação é linda e a história começa devagar, mas se torna envolvente. O desafio e o desbalanceamento não diminuem a qualidade de um dos grandes títulos de 2023.
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