Será o começo do fim para a criadora do Sonic? SEGA anuncia reestruturação

Por Edson Godoy
Em 05/02/2015

 

Foi anunciada na última sexta-feira via comunicado oficial, que a SEGA, uma das mais icônicas e queridas empresas de games da história, passará por um processo de reestruturação em suas divisões, com o objetivo de aumentar os lucros da empresa, que ficaram muito aquém do esperado em 2014. O comunicado assustou muita gente, em especial os “seguistas”. Mas será que é motivo para tanto? Vamos analisar a situação atual da SEGA no mercado e tirar nossas conclusões.

 

No anúncio, a empresa informa que dispensará aproximadamente 300 funcionários (por acordo de demissão voluntária) e que irá mudar o escritório da cidade de São Francisco para o sul da Califórnia. Mas de todas as informações, a mais importante é que de agora em diante a empresa irá focar seus esforços na produção de jogos para smartphones e também para jogos online para PC. Trocando em miúdos: os consoles deixam de ser prioridade da empresa. Porém a empresa possui diversos estúdios, como o responsável pelo fantástico Alien: Isolation, o Creative Assembly, com sede na Europa. O comunicado é silente quanto a esses estúdios e ao que tudo indica os mesmos não serão afetados nessa reestruturação.

 

Que o mercado de jogos para celular e jogos online para PC está crescendo muito isso ninguém discute. Mas para entusiastas dos videogames, o fato da SEGA diminuir sua participação nos consoles é algo de fato preocupante. Considerando que a qualidade dos jogos da SEGA caiu muito de uns anos para cá (basta pegar a sua principal franquia – Sonic – que nos últimos anos teve diversos jogos ruins lançados, com alguns bons rompantes de qualidade, como o Sonic Generations), o medo de a empresa abandonar de vez os videogames é totalmente explicável.

 

Não seria a primeira vez que a SEGA abandona uma fatia do mercado de games. A empresa que começou nesse mercado no ramo dos Arcades/Fliperamas, começou a produzir consoles em meados da década de 80: inicialmente com o SG-1000, passando para o Master System, Mega Drive, Saturn e o Dreamcast, que marcou a saída da empresa do ramo dos consoles, em 2001. O mercado de Arcades também encontra-se praticamente morto.

 

Resta à SEGA a produção de jogos. E agora até isso parece estar ameaçado. Será que perderemos a SEGA de vez? Ainda é cedo para dizer. Mas devemos torcer para que a empresa seja bem sucedida nessa mudança de foco, para quem sabe em um futuro próximo, voltar a focar na produção de jogos para consoles. E que os jogos lançados para celulares e PC´s possuam a qualidade que esperamos da boa e velha SEGA.

 

Matéria originalmente publicada no site Campo Grande News pelo VGDB.

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