Sony PlayStation 5

Sifu: Vengeance Edition

Jogo de ação estilo beat 'em up (briga de rua) em 3D, desenvolvido por Sloclap e publicado por Microids. Além do PlayStation 5, o game também foi lançado para PlayStation 4 e PC.

Além desta versão Vengeance, o game também foi disponibilizado nas edições Deluxe e Standard.

 

Análise de Sifu - Será essa a evolução dos beat ‘em ups?

Por Mozart Geraldo

O nome do jogo Sifu (que significa mestre/pai no Kung Fu) para nós brasileiros virou motivo de brincadeiras e trocadilhos. Mas apesar de todo esse bom humor que atribuímos, o game se leva muito a sério, tanto na história quanto na gameplay. Será que esse indie focado nas artes marciais sofreu um nocaute? Ou seria esse game um golpe de mestre?

 

Como num bom filme de Kung Fu…

A história de Sifu já começa no meio da ação, que serve para apresentar o antagonista da aventura e ao mesmo tempo inicia um longo tutorial. 

Inclusive neste prólogo controlamos o vilão, que assassina seu antigo mestre, ou Sifu, na frente de seu filho(a) (qualquer semelhança com Shenmue é mera coincidência). É claro que um juramento de vingança traz o início da aventura.

 

Sem tempo irmão!

Logo após a introdução, o jogo avança quase uma década ao futuro, com uma sequência mostrando o jovem mestre que controlaremos passar de uma criança assustada para um adulto confiante e destemido.

Mais uma vez, o game não perde tempo em colocar o jogador em ação, mas não sem antes fornecer mais um pouco de informações por meio de um quadro de investigação que reúne pistas sobre todos os envolvidos no assassinato do passado.

Por falar em tempo, esse é o preço a ser pago ao falhar nos combates: nosso jovem mestre inicia sua busca por vingança após mal passar dos 20 anos, contudo, toda vez que você é abatido existe a possibilidade de um “continue”. Só que os “créditos” são anos da vida do jogador, onde um lutador mais descuidado pode ir dos vinte e poucos anos até os 75 em questão de minutos!

Além da aparência, envelhecer no combate acarreta outras mudanças que afetam diretamente a gameplay. Alterações em atributos de agilidade, força e resistência, por exemplo. Uma dinâmica muito legal, sem dúvida alguma, que ilustra muito bem o caminho de um mestre de artes marciais.

 

Everybody is Kung fu fighting! (hoo-huh)

Que as artes marciais são o tema do jogo todo mundo sabe, mas como é a jogabilidade em Sifu?

Adotando um formato que lembra bastante os beat ‘em ups tradicionais, Sifu conduz o jogador em uma série de estágios, cheios de capangas para descer o braço e com um chefe no final. É tudo muito linear, apesar da movimentação ser em 3D, e é praticamente impossível se perder em Sifu (diferentemente de Absolver, o jogo anterior da Sloclap onde passei a maior parte do tempo perdido). Porém, essa linearidade tem um propósito: evidenciar o combate!

Engana-se quem acha que só sair desferindo golpes a esmo vai levá-lo a algum lugar em Sifu. Como disse no início, todo o jogo pode ser encarado como um longo tutorial, no sentido de que sempre estaremos aprendendo algo novo sobre o combate e suas inúmeras nuances e estratégias.

Mesmo um simples inimigo de começo de estágio pode ser capaz de varrer o chão com a cara do jogador, portanto para avançar na sua busca por vingança, é necessário muito sangue-frio e paciência.

O lado positivo disso é que a jogabilidade é simplesmente sensacional! Comandos super intuitivos e responsivos garantem ao jogador todas as ferramentas necessárias para se tornar um mestre. 

Falando em controles, temos um botão de ataque rápido, um de ataque forte, um botão de defesa, um de esquiva, um para interagir com objetos do cenário, como garrafas e bastões (alguém aí lembra de Jackie Chan: Stuntmaster?) e um de foco, que utiliza um medidor e serve para aplicar golpes especiais.

Além disso, é possível também executar parries e contragolpes utilizando o botão de defesa no momento certo, o que pode ser a diferença entre a vida e a morte em combates mais difíceis.

 

Yin-Yang em Sifu

É natural um certo nível de repetição em beat ‘em ups, mas no passado isso acontecia mais por conta das limitações tecnológicas da época. Um inimigo repetia-se centenas de vezes em Final Fight porque simplesmente não havia espaço suficiente no cartucho.

Em 2022, apesar de ser um jogo de orçamento moderado, confesso que achei meio decepcionante ver os mesmos inimigos de novo e de novo ao longo da aventura. Com exceção dos chefões, que são muito bem construídos, demais inimigos não refletem toda a profundidade e complexidade que o jogo apresenta em sua gameplay.

Apesar disso, é evidente que as qualidades em Sifu superam, em muito, suas fraquezas.

Em contrapartida, os cenários e modelos de personagens, mesmo apresentando uma estética “low poly”, são bastante detalhados e coloridos. Os estágios, mesmo que lineares, são bastante distintos entre si.

 

Como num jogo beat ‘em up…

Sifu é um daqueles jogos que vou revisitar de tempos em tempos. Acredito que sua curta duração aliada a viciante jogabilidade fará com que muitos também façam o mesmo.

Só faltou um modo co-op, quem sabe em uma sequência?

Por ora Sifu sozinho é a opção.

  • Ano lançamento:2022
  • Fabricante: Microids, Sloclap
  • Lançamento: Edição de Colecionador / Especial, Oficial / Licenciado
  • Gêneros: 3D, Ação, Luta de rua / Beat'em up
  • Formatos: Blu-ray
  • Regiões de Lançamento:
RegiãoDataCod. FabricanteCod. BarrasIdioma
Estados Unidos05 / 03 / 2022 Inglês
Europa05 / 03 / 2022 Inglês

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